Laparoscopia
ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA
A endoscopia ginecológica é composta de duas técnicas: Histeroscopia e Laparoscopia. São a melhor forma de avaliar o aparelho genital e em muitas situações se complementam.
O QUE É LAPAROSCOPIA?
O termo “laparos” vem do grego e significa abdome. Laparoscopia se referia, a princípio, a uma maneira de olhar dentro do abdome.
Hoje em dia, contudo, ela se refere a uma intervenção cirúrgica minimamente invasiva, muito utilizada em cirurgias ginecológicas e urológicas ou outras (mesmo fora do abdome), mas consagrada para a retirada da vesícula biliar, que foi seu primeiro uso, em 1987, embora já houvesse antecedentes menos ambiciosos desde 1960.
Atualmente, graças à evolução da tecnologia, pode-se acessar praticamente todos os órgãos do corpo humano com aparelhos contendo, na extremidade que é introduzida no corpo, uma minicâmera que transmite imagens em alta resolução para monitores de vídeo e que podem ser gravadas para estudos posteriores.
Este procedimento é chamado, então, videolaparoscopia. Usada primitivamente quase só para fazer diagnósticos, a videolaparoscopia atual permite colher material para biópsias e praticar intervenções cirúrgicas antes só possíveis a céu aberto (cirurgias abertas).
EM QUE CONSISTE A LAPAROSCOPIA?
Geralmente a paciente é internada e submetida à anestesia geral e, conforme a cirurgia, pode deixar o hospital no mesmo dia ou no dia seguinte.
A laparoscopia consiste em uma pequena incisão peri-umbilical, por onde introduz o laparoscópio (aparelho por meio do qual irá visualizar e tratar a região abordada), que consiste em um tubo de 10mm de fibras óticas, através do qual pode visualizar os órgãos internos e fazer intervenções diagnósticas ou terapêuticas, com documentação fotográfica e de vídeos.
Outras pequenas incisões de 5mm podem ser necessárias para introduzir os instrumentos cirúrgicos.
Os instrumentos usados na videolaparoscopia são idênticos aos usados nas cirurgias tradicionais, só que mais delicados. Se a cirurgia for no abdome, uma certa quantidade de gás (dióxido de carbono) é introduzida dentro da cavidade abdominal a fim de expandi-la e criar um campo de trabalho para se realizar a cirurgia.
Esta técnica tem a vantagem de ser minimamente invasiva e ocasionar, assim, um menor trauma cirúrgico, menos sangramento intraoperatório, menor dor pós-operatória, recuperação pós-cirúrgica mais rápida e retorno mais cedo às atividades habituais e ao trabalho, além de menores cicatrizes.
Ela reduz a taxa de infecções e a ocorrência de aderências pós-operatórias e também pode ser utilizada em outros tipos de cirurgias, como em operações nas articulações (artroscopias), por exemplo, principalmente em cirurgias no joelho.
A Laparoscopia permite a realização de:
- Cirurgias Ginecológicas benignas: útero (miomectomia e histerectomia); anexos (tumores de ovário e de trompa, gravidez ectópica ou tubária);
- Uroginecológicas (incontinência urinária e prolapso de cúpula vaginal);
- Lise de aderências, ressecção de focos de endometriose;
- Endometriose Intestinal (ressecção de nódulos segmentares reto-sigmóide);
- Oncológicas (histerectomia radical, linfadenectomia, etc...).
SANGRAMENTO UTERINO DISFUNCIONAL
Quando não é encontrada uma causa, os médicos consideram a possibilidade do sangramento uterino disfuncional, em que a mulher sangraria devido a uma alteração hormonal do ovário e alterações do endométrio. Esse tipo é mais frequente em adolescentes e em mulheres na pré-menopausa. Em ambos os casos, o motivo mais comum para o sangramento é a falta de ovulação.
O tratamento para esse tipo de sangramento é o controle hormonal, feito por medicação, como a própria pílula anticoncepcional e o DIU hormonal que libera progestogênio.